
Os banheiros de shopping definitivamente não foram feitos para pessoas de 1,90. Eu tenho certeza que quem projetou esses banheiros foi um anão safado, que quis sacanear quem não estava a sua altura.
Quando eu preciso ir a algum desses banheiros (principalmente para fazer o número 2), “não que eu vá sempre lá “ ,tenho que me preparar psicologicamente pelo menos uns 10 minutos antes, porque se não as seqüelas podem ser definitivas.
O primeiro problema é conseguir baixar as calças, porque para se baixar uma calça é necessário que se curve, e se curvar com certeza é uma coisa impossível de se fazer em um espaço de 30x30cm , então para efetuar esse movimento é necessário que se tenha uma sincronização perfeita, enquanto se vai baixando a calça também tem que ir se assentando no vaso , mas tem que ser tudo feito com muita calma, porque o perigo está em se terminar de sentar com a calça no meio da trajetória. Mas, já sentado, o outro problema é conseguir aliviar-se e continuar com os pés dentro da cabine de evacuação, porque o homem, principalmente, tem um grande problema de não conseguir ver os outros sujando a louça sem começar a rir, e isso todos sabem, logo ninguém quer ser motivo de “chacota” (é o novo!) dos outros usuários.
Agora a cartada final da vingança do anão maldito, foi a idéia de fazer as divisórias entre um vaso sanitário e outro, não irem até o chão, elas simplesmente acabam a cerca de um palmo antes de chegar ao chão, e isso faz com que se por acaso você tiver com um colega ao lado transladando merda que nem você, você terá que como acompanhar todo o processo dele, por meio da sombra que é transmitida pelo chão do banheiro . E isso é uma das coisas mais... mais... (nem sei nem o nome desse sentimento) da minha ida ao banheiro. Por que você observa a hora exata em que a criatura pega o papel higiênico e limpa a “origem do crepúsculo”, é possível até ouvir o barulho emitido pelo movimento, chega a ser arrepiante.
Mas como dizia o irmão Martin Luther King, EU TENHO UM SONHO, e um dia vou destruir esse preconceito, que foi um dia erguido por alguém de meio metro.